Porque e que fazes isto? Fazes-me surpreender pela positiva, fazes-me esboçar um sorriso sincero, daqueles que só tu sabes esboçar, daqueles que costumavas fazer-me esboçar tantas vezes. Após a tempestade vem a bonança, mas eu ainda não vi a bonança. Porque não ficas, porque é que em vez de lutares apenas um, dois ou três dias, porque não lutas o tempo todo? Eu gostava que me valorizasses pelo que estou a fazer, sabes que o que tu fizeste é um erro imperdoável, era mais que suficiente para já estares a patinar à muito tempo, mas ainda assim, fui ao fundo, chorei o que havia para chorar e guardei o resto das lágrimas porque apesar da derrota ser enorme, a esperança é a ultima a morrer, e eu tinha esperança que me fizesses derramá-las de alegria, de felicidade. Mas, mais uma vez, derramei-as de tristeza. Mas não foi por algum acto teu. Foi por me demonstrares que, mesmo sem moral, tu consegues-me rebaixar, não ter confiança em mim, quando na verdade devias ter orgulho em mim, na namorada que tens, no esforço que fiz e estou a fazer para sequer te dirigir a palavra e tu sabes bem, pelas conversas que tínhamos quando ainda eras leal, em que me dizias e pedias por tudo para eu ''nunca procurar fora da relação algo que achasse que dentro não tinha'' porque ''no minuto que eu te traísse, deixavas de me falar, nem me olhavas para a cara''. Eu respondia-te o que? Que ''achava a traição desprezível, algo mesmo nojento, que se achasse que não tinha algo, que me faltava algo que não obtia dentro da relação, preferia falar contigo sobre isso do que enfeitar-te a cabeça''. E pensei que esse assunto estava mais que resolvido, porque quando falávamos disso, isso deixava uma nuvem por cima de nós, uma nuvem de mau-estar devido ao medo constante do que poderia surgir a qualquer momento. Mas eu acreditava que isto era para durar, que nós eramos o "casal perfeito" que todos diziam sermos, que aquilo que sentíamos nunca descia, crescia sempre sem nunca tremer, tudo o que fazíamos era em prol da relação. Mas como dizem, no inicio tudo é um mar de rosas. Eu vim a descobrir aos poucos a pessoa que dizias ter morrido, ter ficado presa ao passado, não por ti, não por mim, mas por nós, para nosso bem. Afinal de contas, nem de joelhos resultou. Pedi-te várias vezes que deixasses essa pessoa, passei dos limites de qualquer mulher, posso mesmo dizer que me rebaixei de tal modo que todas as mulheres no mundo deveriam sentir vergonha de mim, por serem do meu género. Uma mulher nunca se rebaixa por nada nem por ninguém, como diz a minha avó. E eu quebrei esse ''dizer'', quebrei-o por alguém a quem eu chamava hdmv, porque acreditava que era uma tempestadezita aquilo com que nos deparávamos. Afinal de contas, a ''tempestadezita'' nunca foi embora: trouxe mais chuva, trouxe mais vento... Consequentemente trouxe mais frio, trouxe mais a falta do quente, do bem estar. E melhor que ninguém, sabes que odeio frio. Mas aqui estou eu, um mês depois do sucedido, dois meses depois do inicio, ainda de pé e tu sempre sem me valorizar. Acho que já chega, está na altura de ser uma mulher com M maiúsculo e ''ter modos''. Valoriza-me, porque eu bem mereço, João.
Orgulha-te de mim pelo que fiz e faço, porque sei bem que por detrás dessa porcaria de máscara de ''macho men'' está um rapaz doce, carinhoso, o rapaz que era apaixonado por mim, o rapaz que eu conheci verdadeiramente dia 27 de Outubro de 2010, está o rapaz que me trazia caixas de bombons em forma de coração, que me mandava mensagens a toda a hora porque sentia-se em baixo se não falássemos o tempo todo. Era isso que nos ligava. Foi isso que mataste e eu esforço-me para continuar a mantê-lo de pé. Mas parece que é sempre em vão.
Eu amo-te tanto tanto, mas parece que por mais que o diga, nunca chegará para ti.

Tenho saudades destes tempos. Muitas mesmo.
Sem comentários:
Enviar um comentário