sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

You are my pride! ;)

Sentada na cozinha, tocaram na campainha. Levantei-me, ajeitei o camisolão, fiz um toto no cimo da cabeça e abri a porta. Eras tu. Abraçei-me a ti, e viemos para a cozinha, onde antes de chegares eu me encontrava a tentar comer. Mas a dor era maior que a fome... Era como se tivesse um trampolim no estômago, em que qualquer comida que ousasse entrar lá, era rapidamente expulsa. Fomos para o quarto... Eu não sabia que escolher e acabei por escolher um trapinho que me veio a vista. Fui tomar banho... Mais uma vez a dor abalou o meu prazer diário em tomar banho. Baixei o banco do banho e sentei-me a levar com a água na cabeça... Mal respirava com a água nas narinas, mas rapidamente me apercebi que bastava avançar com a cabeça para a frente. Mas com que forças? Abriste a porta do banho e deste-me o telefone. Falei, era a minha mãe. Desliguei, e continuei de gatas, encolhida no chão da banheira. "Preciso de... Quero que... Posso...? Como...? Porquê...? Eras...'' e as lágrimas correm me, camuflando-se com as gotas de água do chuveiro. Levantei-me, terminei o meu duche, saí e fiquei a olhar para o espelho. Mirei-me bem... Saí, cheguei ao quarto e tu estavas ali, sempre disponível para ajudar. A vontade de chorar era quase que incontrolável. Mas tu tornaste-a fácil de domar. Hoje, sou eu que te darei a mão. Porque tu estiveste presente no pior momento da minha vida, no momento em que eu queria morrer, em que não valia a pena estar viva, respirar um ar que antes alguém respirava comigo, ver que nunca mais nada seria o mesmo e eu estou a falar de dois casos particulares. Portanto hoje, hoje mostra-me que eu não estou errada quando digo que tu és forte, que pertences ao grupo dos que choram, gritam, partem o que for preciso, os que batem na parede, agarram-se à almofada e quando já não existem lágrimas para derramar, levantam-se, ajeitam o cabelo e sorriem. Sorriem, não porque estão felizes, não porque a vida lhes corre bem, mas porque compreenderam finalmente que foi uma lição de vida, que enfrentarão esse dilema milhentas vezes pela vida fora e que se lembrarão de um caso em particular, que as fez sorrir. Aí, és uma mulher.

Amo-te Inês Porteiro! B-strong.


ps: um ano de saudade, avó! ♥

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