Daniela Pacheco.

Já não espero o melhor de ti, porque só recebi o indiferente e o pior; já não espero um 'amor, estás bem?' porque tudo o que me deste foi um 'é a vida, acontece...'; já não espero uma amizade sólida, porque tudo o que me soubeste, quiseste e deste foi uma incógnita, nem eu cheguei a compreender se nós continuavamos a ser aquelas amigas cuja amizade não era fazer uma coisa e dizer outra ou vice versa, era uma amizade em que onde uma fosse, a outra estava, em que tu própria disseste, no almoço de final de ano, que irias sentir muito a minha falta porque de toda a gente daquela escola, eu era a UNICA que se ria das tuas piadas e isso valia o mundo para ti. Afinal, eu sempre tive razão: palavras não valem nada, acções valem tudo! Conhecemos novas pessoas, mudámo-nos para novas escolas, como tal, os caminhos separaram-se, assim a promessa faria valer que a amizade não seguia esse rumo. A promessa, tal como muitas outras da minha vida, foi quebrada, nunca foi cumprida. Será que vale a pena confiar na tua palavra? É que é bonito ter amizades assim e tal, é bom quando as pessoas tão por perto, mas o verdadeiro desafio, a verdadeira prova de que o amor desta amizade, em que a confiança e tudo o mais era tudo verdadeiro... essa prova estaria na distância entre nós. E tu provaste-me que não és uma pessoa verdadeira, não és quem eu julgava ser! Eu gosto imenso de ti, mas não gosto muito de ser opção :)

Disseste-me que se pudesses, voltavas ao 9º ano, porque foram os melhores tempos da tua vida, o melhor ano da tua vida... Pois eu digo o contrário: foi o pior ano da minha vida, os melhores anos começaram no 10º, em que descobri o verdadeiro significado de uma turma unida, em que vi e comecei a perceber melhor as pessoas em que podia confiar TUDO, distinguir as pessoas, mudar um bocado a minha personalidade, porque eu nunca me adapto, evito sempre isso, mas neste caso, adaptei a minha personalidade à minha mentalidade. E não me arrependo de nada do que te disse até agora, aqui, no face ou na cara, pessoalmente. Sabes que eu odeio tratar das coisas por computador, telemóvel, qualquer sitio onde seja escrito e não falado. As expressões dizem tudo. Os olhos não mentem enquanto a boca o faz. Podes ter saudades minhas, mas nunca serão tantas e tão grandes quanto a mágoa que causaste em mim no momento em que eu precisei de ti e tu viraste as costas e me arrancaste um pedaço dos bons do meu coração.

Obrigado, cara de osga $ Daniela Pacheco.