quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Ninguém sabe aquilo que eu sinto. ''Olá, tudo bem?'' porque é que tenho de dizer ''sim, e contigo?'' se eu não me sinto bem, não estou bem e nada me corre bem? Portanto, porque raio tenho de fingir que está tudo óptimo? Nem pensar. Ás vezes acho que exigem de mim mais do que aquilo que posso dar. Exigem que seja forte, que mantenha a postura, que mantenha a barreira. Por isso é que eu me sinto sozinha, de certo modo. Mecanismos de defesa: quando conhecer um rapaz, quando estiver pronta para avançar, se calhar um bom modo de me defender de mais uma desilusão será procurar logo os defeitos? investigar o passado? sinto falta que me consigam tocar no íntimo de maneira tão profunda como se fosse um sono intenso, em que eu não acordasse, um sonho perfeito que me desse mais vontade de dormir! Vou-me concentrar em mim, em amar-me como sou, (re)definir as minhas fronteiras, as minhas barreiras, definir objectivos pessoais, conhecer-me melhor ainda visto que afinal de contas, dos últimos 4 meses da minha vida, passei o tempo a pensar: será que eu não presto assim tanto para isto ter acontecido? Será que a culpa foi minha? Sou eu? Não, não era eu, a culpa não era minha e eu presto e bastante! Sei bem do meu valor, não sou fácil mas também não sou difícil, há que tocar nos pontos certos e de uma coisa eu sei: nunca mais dou tiros no escuro, porque para matar algo bastou aquilo que em mim morreu.
Escrevi pelo menos dois textos antes de publicar este, não sei ao certo porque os apaguei, mas não me pareceram certos, nem este parece, mas sabem que mais? Que se lixe! Já estou por tudo, contra tudo e farta de tudo! As pessoas nunca mudam, só se revelam cada vez mais. E eu estou-me a revelar aos poucos e hoje, mais que nunca, sinto-me bem sozinha, mas também sei que talvez isto seja o melhor a fazer, a melhor maneira de estar, porque se eu não me amar, quem me amará? Cada um por si neste mundo, o mundo é grande & pequeno simultaneamente e, assim que puder e tiver posses, pego em mim e hasta la vista Portugal! Quero recomeçar de alguma maneira, porque eu sinto-me uma lástima aqui, um farrapo velho, estou farta de entrar na escola, ver o meu mundo e não puder entrar nele, ver aquilo em que tanto investi acabado, deitado para o lixo como se fosse um papel. Escrevemos nele sentimentos e, quando está muito escrito, vai para o lixo. Sinceramente, escrevi imenso e não disse nada.

Estava a precisar.

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